30/04/2021 Missa de Um Mês de Falecimento de Dom Juventino Kestering

“Saúde aos doentes, alegria aos tristes e esperança aos desanimados”.

No dia 28 de Abril de 2021, ás 18h00min, o pároco da catedral Santa Cruz, Pe. José Eder Ribeiro Lima, junto dos Freis Franciscanos, Roberto Miguel do Nascimento e Neuzimar Campos E Silva, celebraram na Matriz Sagrado Coração de Jesus à Santa Missa de um mês de falecimento do saudoso Bispo Dom Juventino Kestering.

Em homenagem ao Dom Juventino Kestering, foi exposto as suas vestes religiosas, e objetos da cultura indígena, povos qual evangelizava com amor.

A coordenadora de catequese, Maria Marleide rezou as intenções, lembrando-se das almas dos fiéis que também fizeram a passagem para páscoa definitiva.

E recitou o poema de Santo Agostinho:

A Morte Não É Nada

A morte não é nada.

Eu somente passei para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me deem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho.
Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi. SANTO AGOSTINHO.

A entrada inicial foi realizada pelos povos indígenas, quais entraram cantando um cântico na língua boró e segurando um banner com a fotografia de Dom Juventino Kestering, com a frase escrita “Enviou-me para Evangelizar”.

O Pe. José Eder deu início a Santa Missa, rezando pela alma do saudoso Bispo Dom Juventino Kestering e de todos os fiéis que se encontra no reino celestial, em rito missal, convidou os fiéis a suplicarem pelo perdão e a misericórdia de Deus.

Maria Marleide citou “que ao cumprir o ministério Barnabé e Paulo retornaram a Jerusalém e que Dom Juventino Kestering, cumpriu o ministério nesta terra e voltou ao Pai a Jerusalém Celeste. Semeou amor, carinho, acolheu e iluminou o seu testemunho a Diocese de Rondonópolis – Guiratinga”. No final destas palavras um grupo de mulheres paroquianas entrou homenageando o Bispo, cada uma segurando uma palavra que formou a frase que Dom Juventino pronunciava ao povo de Deus “Saúde aos doentes, alegria aos tristes e esperança aos desanimados”.

Nos ritos da Santa Missa, foram proclamadas as leituras bíblicas;

  • Primeira Leitura (At 12,24-13,5).
  • Salmo Responsório (66)
  • Evangelho de são João (12,44-50).

 

Na homilia o Pe. José Eder fez o relato “Rezamos essa missa de um mês de falecimento de Dom Juventino Kestering, que serviu á Diocese por 23 anos”.

Com gratidão o padre, citou três palavras que Dom Juventino dizia nas missas e formações. “Saúde, Alegria e Esperança”.

Assim novamente foi citada a frase que tanto Dom Juventino repetia com amor “Saúde aos doentes, alegria aos tristes e esperança aos desanimados”.

Pe. José Eder pregou aos fiéis, dizendo que os cristãos só terá mais saúde do corpo e da alma, alegria e esperança, quando cada cristão, homens e mulheres, tomarem consciência de que todos serão chamados a servirem, pois são consagrados por Deus e enviados para a missão de serem profetas e estarem atentos à vida do povo, as necessidades das pessoas.

Profetas que no dia a dia, luta defende uma saúde de qualidade gratuita a todas as pessoas e não somente ao um grupo isolado dentro da sociedade.

Profetas que estejam atentos das dores vividas pelo povo.

Profetas que vivem e proclama a alegria do reino de Deus, e que nos lugares triste de escuridão, levam o amor misericordioso, que brota do coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, assim cita a parte do Evangelho onde o Senhor Jesus ensina “Eu não vim para condenar, eu vim para salvar”.

Profetas que levam este amor e ternura, nos lugares tristes de modo que a esperança e força sejam encontradas, experimentadas por todas as pessoas. Todos são chamados e enviados para esta missão, assim viveram esta missão.

Ao fazerem a experiência do Cristo que venceu a morte e iluminou o mundo inteiro, os primeiros cristãos se puseram no anúncio e vivencia do Evangelho.

“Todos somos povos de Deus e precisamos ser sal e luz, e assumir a nossa vocação missionária”.

Missionários que lutam pela saúde para os doentes da alma e do corpo, missionários que levam à alegria a vida que vence todas as situações de morte, a esperança o anima e vai recriando força, beleza na vida em comunidade nos caminhos da história.

“A palavra de Deus dirigida a nós nesta noite, e o testemunho e legado de Dom Juventino, e também o testemunho e legado de homens e mulheres que passaram por esta diocese, que deixaram a sua marca, que ajudaram a diocese a ser um solo do reino de Deus, o testemunho de cada um de nós que somos a igreja peregrina, possa florescer, para que o reino de Deus possa acontecer entre nós”.

Assim o padre pediu aos fiéis que fizessem um silencio para que a palavra de Deus pudesse fazer moradas em seus corações.

Em seguida em rito missal, foram rezadas as preces com as súplicas, “Guardai-nos Senhor em vosso amor”.

Maria Marleide citou as atividades exercidas por Dom Juventino nas comunidades, com o lema “enviou-me para evangelizar, desenvolveu diversas atividades na sua caminhada de Missionário, Catequese, CNBB, escreveu Roteiros Catequéticos por etapas. E em 2016 lançou o livro Catequese de A á Z, escreveu Subsídios, sempre atuou na formação e na construção de ferramentas para alavancar a catequese. Foi um referencial para os catequistas e todas Pastorais, Movimentos, Serviços, Comunidades. E tinha atenção especial aos povos indígenas”.

Em seguidas um grupo de catequistas trouxeram os materiais produzidos por Dom Juventino, e ofertaram no altar, simbolizando, os gestos de evangelização que o mesmo deixou para a continuidade de missões como evangelização.

Pe. José Eder Celebrou a Eucaristia no altar do Senhor, “Felizes os convidados a participarem da ceia do Senhor”.

Foram convidados a fazerem uma homenagem, Irmã Zenilda e Dirceu Coelho.

A mesma discursou “no Domingo de Ramos um dia tão especial para nós cristão o bom Deus, enviou os seus anjos para conduzir a Jerusalém Celeste, um irmão muito amado, pai, pastor, mestre, companheiro, amigo, evangelizador e catequista apaixonado, Dom Juventino nos surpreendeu e antecipou a sua páscoa, Deus que certamente estava com saudades de seu filho querido, soube bem fazer das nossas preces que tanto imploraram a sua recuperação, acolhendo com ternura misericordiosa em sua casa”.

Dirceu Coelho complementou “a vida de Dom Juventino, por longos anos foi um milagre, um enfrentamento doloroso e uma escalada de superações das dores e fragilidades, em tratamentos exigentes e prolongados que a leucemia o impôs, apesar do sofrimento Ele sempre foi um testemunho vivo de sobrevivência, resistência, serenidade e sempre atento aos compromissos Pastorais da Diocese, Paróquias, Comunidades, e Grupos e Regionais da CNBB e Instituições Sociais”.

Irmã Zenilda finalizou o discurso “Dom Juventino exerceu sua missão evangelizadora e reviveu a sua missão com as pessoas, com simplicidades, ternura, bondade, carinho sem nunca perde de vista o seu lema “Enviou-me para evangelizar” o sonho de uma Igreja pobre acolhedora, ministerial e participativa a serviço preferencialmente dos pequenos e pobres, sentimento forte que fica gravado e permanecera em nossos corações, todos nós temos gratidão por nosso Pastor Dom Juventino Kestering”.

Foi exibido um vídeo relatando a história de Dom Juventino.

Padre José Eder agradeceu a todos que ajudaram na celebração em homenagem a Páscoa definitiva de Dom Juventino e também fez a sua homenagem em nome dos padres do Colégio de Consultores que são compostos por: Pe. Arthur Moreira Brito, Pe. Gunther A. Lendbradl, Pe. Jefferson Klayton V. Aragão, Pe. Jhony Willian Nery de Souza, Pe. José Cobo Fernandes, Pe. José Eder Ribeiro Lima, Pe. José Silva Moreira e Pe. Nazaré Cândido Paniago.

[…] Queremos continuar os serviço tão bem executados pelos bispos que com alegria serviram a esta diocese, Dom Vunibaldo Talleur, Dom Osório Wilibaldo Stoffel, Dom Juventino Kestering, até que o Papa Francisco, nomeia um novo bispo para a nossa Igreja local, aqui então, do coração, trago aquilo que era próprio de Dom Juventino e também dos outros dois Bispos que por aqui passaram neste chão de missão.

Queremos viver constantemente em dialogo e escuta, numa Igreja em comunhão, participação, em uma Igreja Sinodal, Igreja Samaritana, queremos viver a fraternidade entre irmãos e irmãs, que caminha sempre unido e de mãos dadas, no anuncio de Jesus Cristo e na construção do seu reino de amor, queremos continuar sendo uma Igreja próxima, sensível e solidária as pessoas que estão nas periferias sociais e existenciais, uma Igreja preocupada e zelosa com a casa comum, uma Igreja comunidade de comunidades.

Desejo a todos vocês, êxito na missão numa Igreja Ministerial na Igreja povo de Deus, vamos construindo um reino inaugurado por Jesus Cristo de Nazaré, juntos somos mais forte […] Pe. José Eder.

Assim o padre agradeceu a todos os freis e religiosas e irmãos consagrados a Mestre Mário, que serve aos povos indígenas, ao povo de Deus que serve as comunidades.

Proclamou a benção final sobre todos os fiéis, e finalizou a Santa Missa de Louvor ao Senhor Jesus Cristo e intenção a Alma de Dom Juventino Kestering, que ficará para sempre nos corações das pessoas que o amam.