05/09/2019 “Eu estava preso…. a mim o fizestes”

A CNBB Regional Oeste II, através da Pastoral Carcerária, executando o Projeto “Mulheres Livres” que compreende três fases sequenciais, realizou nos dias 30 e 31 de agosto, na Faculdade Católica de MT (FACC-MT), com a parceria de várias Entidades, Órgãos e Instituições, o Seminário “Mulheres e Prisões”.Pretendeu-se proporcionar um espaço de diálogo da Pastoral Carcerária do Regional Oeste II da CNBB, com Instituições Públicas e Privadas, Organizações, Entidades, Movimentos, Associações e a Sociedade em geral, em prol de Políticas Públicas e ações concretas voltadas em benefício das mulheres oriundas do sistema prisional e de seus familiares, bem como das mulheres que atuam profissionalmente no ambiente prisional. Além disso, debater e buscar caminhos para a reintegração familiar e social da população carcerária feminina em Mato Grosso.Foram desenvolvidos vários desdobramentos em temas de abordagens e discussões, mas partindo sempre dos 04 eixos definidos para o evento:a) Encarceramento Feminino no Brasil e em Mato Grossob) Desafios da Reintegração Social de Mulheres oriundas do Sistema Prisionalc) Combate à violência contra a Mulher no âmbito do Sistema Prisionald) Realidade das Profissionais atuantes no Sistema Prisional

O evento superou as expectativas. Além de poder contar com a presença e colaboração de pessoas tão gabaritadas no assunto, constatamos a atenção e interesse das mais variadas categorias de pessoas pelo assunto e discussão. Muito importantes foram os Grupos de Trabalho (GTs) que aconteceram no segundo dia, coordenados por moderadores capacitados. Nessas instâncias menores, todos os integrantes dos grupos puderam se expressar com liberdade.

Os Relatórios produzidos a partir das visitas às Unidades Prisionais Femininas do Estado de Mato Grosso, bem como os Relatórios construídos a partir das discussões, conclusões e sugestões nos Grupos de Trabalho (GTs) do Seminário, serão agora tidos em conta. Todo o material coletado será considerado pela Equipe da Pastoral Carcerária como instrumento para a elaboração de Diretrizes para a Ação Pastoral junto aos vários perfis de mulheres presentes ou oriundas do ambiente prisional. Isso servirá como subsídio para o diálogo institucional com as instâncias do Poder Público, a Sociedade organizada e a Comunidade em geral, visando a promoção da dignidade da vida em seu estado de vulnerabilidade, a melhoria das condições de trabalho das mulheres que atuam no Sistema e a reintegração familiar e social da população carcerária feminina.

Buscar o Céu sim, mas cuidando dos irmãos e irmãs que sofrem, como fez e nos pediu Jesus…. Sobre isso é que seremos julgados.

Pe Reinaldo Braga Junior
Secretário Executivo da CNBB Regional Oeste 2