05/05/2021 Dom Orlando comenta decisão do Papa de escolher o Santuário de Aparecida para representar o Brasil em Maratona de Oração

O Santuário Nacional de Aparecida (SP) se prepara para a oração do Terço pelo fim da pandemia na quinta-feira, dia 6 de maio. A ação, convocada pelo Papa Francisco e iniciada por ele mesmo no último sábado, dia 1º, envolve 30 santuários em diversos países durante o mês de maio. A Basílica que abriga a Padroeira vai representar o Brasil na “maratona” de orações. A celebração acontece a partir das 11h, no Altar Central do templo.

Para os brasileiros, a celebração será transmitida ao vivo, na quinta-feira, a partir das 11h, pelas redes sociais da CNBB, do Santuário Nacional (Facebook e YouTube), TV Aparecida, TV ao Vivo no A12 e Aplicativo Aparecida. Às 13h de Brasília (18h de Roma), os canais oficiais do Vaticano exibem a celebração que deve ser acompanhada por fiéis de todo o mundo.

O arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, irá presidir a celebração. Em entrevista ao portal A12 e compartilhada com o portal da CNBB, ele comentou a decisão do Papa em escolher o Santuário para representar o Brasil nessa oração.

Confira, abaixo, a entrevista:

Dom Orlando, o Papa Francisco escolheu o Santuário Nacional para representar o Brasil nessa oração do dia 6. Na sua visão qual foi a motivação para isso?
A grande motivação é a vitória sob a pandemia, para todos os santuários (os 30 escolhidos) rezarem juntos durante todo o mês de maio e pedirem pelo fim da pandemia. Por isso, vamos rezar com muita fé, com muita muita devoção. Estamos convidando as pessoas para que rezem conosco em casa no dia 6, com esse grande objetivo: o de fixarmos os nossos corações, fixarmos os nossos olhos nesse pedido mundial – pela superação da Covid; saúde para todos; pelo fim de tantas mortes e a vitória da vida; a vitória da graça de Deus, pela intercessão poderosa de Nossa Senhora que é Nossa Senhora das vitórias, por isso não vamos pedir outra coisa nesse terço, senão -, vitória, cura, libertação, derrota da Covid.

Qual é o significado desse momento de oração que une o Santuário Nacional ao Santo Padre?

O Papa gosta muito do Santuário de Aparecida e é um dos maiores do mundo, então não poderia ficar fora, claro, pelo contrário (…). É um amor, é um carinho, é um privilégio de termos papas, não somente o Papa Francisco, que admiro muito, que vem vindo aqui no Santuário, e nos dado um conselho: permanecer na escola de Maria.

O Brasil é o terceiro país com mais vítimas fatais da Covid, esse momento de oração é um sinal de esperança mesmo em meio ao caos?

A oração junto com a natureza humana, com a ciência humana – porque fé e ciência trabalham juntas – então a nossa esperança, a nossa oração é um remédio. A esperança também é um remédio, mas unimos as duas mãos – a mão da fé e a mão da ciência – e quando nós pedimos para a superação, a vitória sob a pandemia, nós estamos pedindo também a vitória da ciência e do saber humano em que a graça de Deus e do Espírito Santo continuem dominando o saber dos cientistas, dos médicos, e claro, os poderes, para que juntos na unidade sejamos vitoriosos sobre esse vírus.

Qual o sentimento do senhor em participar desse momento e atender a esse pedido do pontífice?

Primeiro, o de rezarmos com fé, de sermos fiel a esse pedido do Papa. E rezarmos e nos prepararmos bem para essa oração para que não seja uma formalidade ou um ato convencional. É um ato de muita fé! Depois, sentimento de gratidão porque o nosso Santuário junto com os outros forma uma grande sintonia, uma grande orquestra nesse pedido a Nossa Senhora para a saúde dos enfermos e a superação dessa pandemia. E também o sentimento de gratidão pelo próprio Papa porque nos anima muito esse amor que ele tem por Aparecida.

Foto de capa: Reprodução/A12