25/03/2021 Comissão apresenta proposta da Campanha da Fraternidade 2022 ao Conselho Permanente

A comissão designada para a preparação da Campanha da Fraternidade 2022 apresentou a proposta de estrutura do texto-base ao Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na manhã desta quinta-feira, 25 de março. No próximo ano, a Campanha da Fraternidade terá como tema “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor”.

O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, apresentou a proposta abordagem do tema nas três partes do texto, que serão, a exemplo da metodologia utilizada em 2020: escutar, discernir e propor.

O grupo prevê para 15 de junho a finalização do texto e recebeu dos bispos sugestões de documentos que podem ser citados, de que temas sensíveis devem ser abordados com clareza à luz dos documentos da Igreja, da necessidade de reforçar a importância da família no processo educacional e da oportunidade de abordar iniciativas como o Pacto Educativo Global e o Ano Família Amoris Laetitia no texto.

O objetivo geral da Campanha da Fraternidade 2022 é promover um diálogo sobre a realidade educativa no Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário.

A terceira parte do texto, “propor”, que corresponde ao agir na metodologia consagrada do ver-julgar-agir, foi construída, de acordo com a comissão, a partir da escuta (ver) e do discernimento (julgar) apresentados. Abordará a educação para a transmissão da fé e para a convivência, para a saúde e a solidariedade, indo além da educação formal.

Na preparação para a Campanha também há uma proposta de carta dos bispos aos educadores, famílias e professores para motivar a participação dos diversos agentes da educação no processo da Campanha da Fraternidade 2022, “de forma a suscitar o diálogo”, conforme destacou o arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da CNBB, dom João Justino de Medeiros Silva.

Coletas
A reunião ainda tratou das coletas realizadas pela Igreja anualmente. O bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, apresentou a proposta da CNBB para o Fundo de Solidariedade que será formado com os recursos da Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano e para os eixos prioritários para a aplicação dos recursos. As doações serão geridas por um conselho com sete membros, sendo três indicados pela CNBB e outros três pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), com a presidência de dom Joel Amado.

Assim, os projetos atendidos no contexto da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 serão escolhidos a partir de “situações que não agridam os princípios defendidos pela Igreja Católica”, conforme a nota da CNBB sobre a CFE 2021, e serão definidos a partir de três eixos: “insegurança alimentar, insumos para cuidado sanitário ligado à pandemia e geração de renda”.

Ainda foi feita prestação de contas dos repasses das dioceses e regionais de 2019 e 2020. Os bispos também discutiram sobre a necessidade de adequações em relação às datas das coletas da solidariedade e para os Lugares Santos no contexto da pandemia da Covid-19, mas mantiveram as datas já definidas anteriormente.

Outros temas
A reunião durante o período da manhã ainda tratou da aprovação do nome do novo assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, padre Luiz Henrique Brandão de Figueiredo; iniciou a votação de novos membros para o Conselho Fiscal da CNBB; e definiu o procedimento sobre a publicação de novas memórias do calendário litúrgico geral. Bispos e representantes de organismos fizeram nova rodada de partilhas sobre o trabalho desenvolvido durante o ano.