30/06/2017 Cinco arcebispos brasileiros recebem do papa Francisco a insígnia “Pálio Arquiepiscopal”

Cinco arcebispos metropolitanos brasileiros receberam, no dia 29 de junho, do papa Francisco o Pálio Arquiepiscopal, durante a missa da solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, na capela papal, na basílica Vaticana, no Vaticano (Itália). Receberam o Pálio todos os Arcebispos nomeados entre julho do ano passado até 14 de junho de 2017. Neste ano são 36 do mundo todo, destes 5 são brasileiros.
Os brasileiros que receberam a insígnia foram dom João José da Costa, arcebispo de Aracajú (SE), dom Orlando Brandes, nomeado arcebispo de Aparecida (SP), dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, arcebispo da Paraíba (PB), dom Júlio Akamine, nomeado arcebispo de Sorocaba (SP) e dom Geremias Steinmetz, nomeado recentemente arcebispo de Londrina (PR). Do grupo, apenas dom Geremias não esteve presente no Vaticano.
O Vaticano comunicou, no dia 12 de janeiro de 2015, a decisão do Papa Francisco de modificar a modalidade de entrega do Pálio aos novos Arcebispos Metropolitas. Desde então, a faixa de lã branca passou a ser apenas entregue, e não mais colocada pelo Santo Padre, como rezava a tradição, em 29 de junho, na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo. A imposição do Pálio aos novos Arcebispos passou a ser realizada nas respectivas Dioceses de origem pelas mãos dos Núncios Apostólicos locais.
A imposição do Pálio a Dom Orlando será feita no dia 1º de outubro, domingo, durante a missa das 8h, no Santuário Nacional. A imposição da insígnia a dom Manoel Delson está marcada para 5 de agosto, às 9h, na catedral basílica de Nossa Senhor das Neves, em João Pessoa. O arcebispo de Brasília, cardeal dom Sergio Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, esteve no Vaticano (Itália) para, entre outras agendas, participar da solenidade.

O que é o Pálio Arquiepiscopal e seu sentido
O Pálio, do latim “pallium”, manto, é uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta – quatro no colarinho e uma em cada um dos apêndices. É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, utilizando a lã de duas ovelhas que são oferecidas ao Papa no dia 21 de janeiro de cada ano na Solenidade de Santa Inês (Padroeira da Pureza).
O uso do Pálio, que nos primeiros séculos do Cristianismo era exclusivo dos Papas, passou a ser usado pelos Arcebispos Metropolitas a partir do século VI. Após a sua confecção, o Pálio é depositado junto ao túmulo de São Pedro até a Solenidade de São Pedro e Paulo, quando, então, é entregue pelo Papa aos Arcebispos.
Os pálios, insígnias litúrgicas de ‘honra e jurisdição’, são envergados pelos arcebispos metropolitas nas suas igrejas e nas da sua província eclesiástica. O arcebispo metropolita preside a uma província eclesiástica, constituída por diversas dioceses. O pálio é símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e na sua comunhão com a Sé Apostólica.
O significado da forma de entrega mudança é o de colocar em maior evidência a relação dos Arcebispos Metropolitas com a sua Igreja local e assim dar também a possibilidade a mais fieis de estarem presentes neste rito tão significativo para a Igreja. Outro ponto importante é propiciar a participação dos bispos da província eclesiástica.