30/08/2022 Visita Ad Limina Apostolorum 2022

 

“As Igrejas Particulares (Dioceses) são plenamente católicas pela plena
comunhão com uma delas: a Igreja de Roma, ‘que as preside na caridade’ ”.
(Dos Ensinamentos de Santo Inácio de Antioquia, Rom. 1,1).

O Regional Oeste 2 (Mato Grosso), juntamente com o Regional Oeste 1 (Mato Grosso do Sul), está se organizando para a visita Ad Limina Apostolorum que ocorrerá logo depois da 59ª Assembleia Geral da CNBB (que está acontecendo nesta semana em Aparecida),  de 02 a 10 de setembro/2022 na cidade do Vaticano, em Roma-Itália.

A visita Ad Limina Apostolorum, que significa no limiar, na soleira, na entrada  (das Basílicas) dos Apóstolos Pedro e Paulo, é uma visita dos Bispos Diocesanos do mundo inteiro, aos túmulos dos Apóstolos, normalmente a cada cinco anos.

Prevista no Código de Direito Canônico, esta visita obrigatória é tida como uma ocasião de o bispo diocesano apresentar um relatório ao Sumo Pontífice sobre o estado da Diocese que lhe está confiada.

Carregada de simbolismo, a visita é uma tradição salutar e uma Graça de Deus que dá oportunidade aos Bispos de estarem junto à Sé de Pedro. É como um voltar às fontes, às inspirações originais em tudo o que esses locais significam.

A tradição da visita, segundo a história, encontra-se na prática antiga entre os bispos italianos, cujas jurisdições estavam mais próximas da Sé Apostólica. Sob o Primado do Papa Zacarias (ano 743), encontramos decretos pedindo aos Bispos da Sicília que fizessem uma visita a Roma, ao menos uma vez a cada três anos – período de tempo que depois foi alongado para cinco anos. O caráter obrigatório das visitas foi expresso sob o Pontificado de Pascoal II (ano 1099) e principalmente em decretos do Papa Inocêncio III (1160).

A visita é uma oportunidade também para os Bispos do Regional (ou do país) estreitarem os seus laços de amizade e comunhão, compartilharem as ricas experiências pastorais das suas Igrejas Particulares, cultivarem o espírito da sinodalidade, apontarem os pontos sombrios e aumentarem os raios de luz que brotam do Cristo Ressuscitado, bom Pastor.

Faz parte da intensa programação, a visita aos Dicastérios da Cúria Romana – que são os Departamentos de Administração Central da Igreja. Não se trata de uma prestação de contas, mas de se deixar ensinar e conduzir pela Tradição da Igreja Universal, além dos próprios bispos oferecerem as suas experiências. Além disso, os bispos em visita, marcam sua presença através das celebrações nas Basílicas Papais de Roma: São Pedro, São Paulo fora dos Muros, São João de Latrão e Santa Maria Maior.

Vale lembrar que tais visitas asseguram o “caráter de universalidade que marca o povo de Deus como Dom do próprio Senhor, pelo qual a Igreja Católica, de maneira eficaz e perpétua, tende a recapitular toda a humanidade com todos os seus bens sob Cristo Cabeça, na unidade do seu Espírito” (Lumen Gentium, n. 13).

Na alegria do Evangelho, seguindo os passos de Pedro e Paulo, espera-se que a visita Ad Limina Apostolorum seja, de fato, uma oportunidade dos nossos bispos reencontrarem com o Sucessor de Pedro, o Papa Francisco, e serem reanimados na caminhada de comunhão e missão, vivendo sempre a experiência da sinodalidade.

“Os encontros fraternos com o Sumo Pontífice
e os seus mais próximos colaboradores da Cúria Romana, oferecem ao Bispo uma ocasião privilegiada não só de apresentar a situação da própria Diocese e as suas expectativas, como também de obter mais informações sobre as esperanças, as alegrias e as dificuldades da Igreja Universal, e de receber oportunos conselhos e diretivas sobre os problemas do seu rebanho.” (Apostolorum Successores, n.15)

 

Com informações: Secretariado Executivo RO2