21/08/2018 Presidente da CNBB: “Ao invés da indiferença na política, a atitude do cristão deve ser de participação responsável”

Concluída a fase das convenções partidárias e do registro das candidaturas no último dia 15 de agosto, os candidatos, em todos os níveis, já estão autorizados pela Justiça Eleitoral a fazer propaganda, como comícios, carreatas, distribuição de material gráfico e propaganda na internet (desde que não paga). A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão terá início em 31 de agosto e término no dia 4 de outubro, período reduzido de 45 para 35 dias.

Neste cenário de disputa dos votos e da consciência do eleitorado brasileiro, o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, acredita ser indispensável estar atento às propostas de cada candidato ou candidata e ao programa do seu partido. “É preciso saber como os candidatos pretendem responder concretamente aos problemas sofridos pela população, pois não bastam promessas ou discursos genéricos. É preciso considerar a atuação política passada de cada um”, disse.

Em função disto, a CNBB confirmou para o dia 20 de setembro, às 21h30, o “Debate Aparecida”, que reunirá candidatos à Presidência da República para as eleições de 2018. O projeto, organizado e gerado pela TV Aparecida, acontece no Santuário Nacional, na arena do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida.

Para o presidente da CNBB, os debates podem colaborar bastante para um conhecimento crítico dos candidatos, ouvindo o que eles mesmos têm a dizer. “O debate é um instrumento a ser valorizado, apesar das suas limitações. Neles, pode-se conhecer melhor não apenas as propostas dos candidatos, mas as suas posturas e opiniões sobre diversos assuntos. Na medida em que contribuem para o exercício responsável do voto, os debates ajudam muito a construir uma sociedade democrática”, disse.

O cardeal, contudo, aponta qual o tom quer ver no debate promovido pela CNBB: “Não queremos ver a polêmica ofensiva, pois já estamos fartos de tanta agressividade. As ações políticas e propostas devem marcar os debates e não os ataques pessoais entre candidatos. O diálogo e o respeito ao outro que pensa diferente são muito necessários, neste período eleitoral, da parte dos candidatos e também dos eleitores’, disse.

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