09/12/2016 CNBB promove seminário para discutir tema da Campanha da Fraternidade 2018 “Toda violência exclui, toda violência mata”, diz dom Leonardo

“Toda violência exclui, toda violência mata”, diz dom Leonardo
img_9912O tema da Campanha da Fraternidade 2018 já foi definido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Será “Fraternidade e superação da violência”, tendo como lema “Em Cristo somos todos irmãos” (Mt., 23,8). Diante da complexidade que o tema da violência apresenta, o assunto está sendo discutido, refletido e aprofundado em um seminário que termina hoje, 09, na sede da CNBB, em Brasília. Entre os participantes estão assessores das Comissões Episcopais da Entidade e representantes de diversos segmentos da sociedade civil que trabalham diretamente com a temática da violência.
“Esse encontro deseja ser uma ajuda, mesmo porque a temática é exigente. Ela tem muitos aspectos, tem muitas nuances, tem abordagens que necessitamos fazer diante da amplitude do tema”, destacou o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.
O tema foi aprovado na reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da CNBB, em setembro. De acordo com dom Leonardo, a violência está presente em vários segmentos da sociedade. Seja na rua, dentro de casa, pela condição social, pelo gênero, nos meios de comunicação e até na intolerância das palavras. “Toda violência exclui, toda violência mata”, ressaltou.
O encontro começou com uma Lectio Divina na capela conduzido pelo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social da CNBB, padre Antônio Xavier Batista. Na ocasião, o sacerdote fez uma breve análise do que significa a violência e refletiu a temática a partir do livro de Jonas. “Escolhi esse texto porque nele é possível encontrar vários elementos que ilustram os vários tipos de violência vividos pelo povo”, ressaltou o padre. Ele destacou ainda que entende-se por violência qualquer ação contra a vida ou a sociedade que possa causá-las prejuízo ou destruí-las por completo. A Escritura conhece duas formas de violência: uma injusta (fruto da injustiça dos homens) e outra “justa” utilizada por uma causa justa ou por fim nobre como é o caso da legítima defesa.
Após uma breve abertura, os integrantes dividiram-se em três grupos de trabalho para esmiuçar o tema. O subsecretário adjunto de pastoral, padre Antônio Catelan, explicou que o grupo vai ter a oportunidade de debater o tema e apresentar elementos que não podem deixar de ser abordados no texto da Campanha. “Nós discutir vários aspectos do tema da violência para daí usar este estudo para preparar o texto base, afirmou.

Fotos: Maurício Sant´Ana